26/09/2012


O mundo parou.
Tudo ardeu. Em redor
fumegam apenas
fragmentos carbonizados
restos frágeis da matéria que existiu
e que em breve
será também somente cinza.
Escureceu de repente.
Apagou-se a luz do céu
não há sol nem lua
nem coisa nenhuma
que ajude a encontrar
a rua onde se viveu
amigos evaporados
e sabores recordados.
E que silêncio neste instante!
Ao longe
ouvem-se sons tristes e murmurados
entoados por um coro de anjos assustados.
Procuro o meu
onde estará
ele prometeu
ser a minha companhia
de noite e de dia.
E subitamente
começa a chover
mas a chuva é morna e salgada
sabe a lágrimas de gente
que existe indiferente
sabe a vida adormecida
num travo amargo de paixão esquecida. 






4 comentários:

  1. há dias assim
    que até os anjos estão assustados
    gostei muito

    beij

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  2. .

    .

    . pois é . e a nuvem negra . paira . sobre o nosso tempo .

    .

    . um abraço meu .

    .

    .

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  3. A memória é persistente matéria
    que invade e assola
    fazendo do verso a nossa história

    Tocante.

    Bjo.

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