Resta-me agora
a mesma janela de outrora
que teimo em manter aberta
mesmo nos dias de tempestade
como hoje
em que o vento se agasalha de nevoeiro e
me castiga a cara e as mãos
proteger.
Tem um vidro partido
esta janela
não me recordo da pedra que o feriu
e da mão que a arremessou
mas sei dos estilhaços espetados
no tronco frágil do limoeiro que decidi
ter em casa
e também sei da lua
que por esse vidro quebrado
entra
sem ser chamada
rasgando a noite do meu dia
com a altiva confiança de quem sempre foi esperada
e desejada.
Profundamente belo...
ResponderEliminarJohn L. S.
Somos pequena partícula na imensidão, mas ainda assim respiramos e temos anseios...
ResponderEliminarBelo!
Beijo :)
Bendita e atrevida lua refrigério dos vidros e dos punhais das tempestades.
ResponderEliminarPoema com viros que não vencem no entanto a doçura do poema.
Gostei.
Que belo
ResponderEliminarse a porta se fechou, podemos sempre tentar as janelas...
ResponderEliminarmesmo que estejam combalidas..
gosto de ter-te de volta.
:)