RESTOS
Tinha no corpo
os restos de uma pele que
não era sua.
Mergulhou no arrepio de
uma onda exaltada
e deixou-se lavar pelo frio salgado
de um mar zangado.
Quando respirar se tornou o
inevitável limite entre
viver e morrer
arrastou-se para a areia seca
e adormeceu ao sol.
Acordou e
já não havia azul
apenas um feixe de luz pálida
filho de uma lua recém-nascida.
Vestiu-se e caminhou
sem rumo e sem música nos passos
levando ainda no corpo cansado
os restos pesados e sobreviventes
de uma pele que
não era sua.
Adorei o David através dos teus olhos, das tuas palavras.
ResponderEliminarO mar, para mim, tem de ser como esta fotografia.
Bom fim de semana.
Beijinhos
Isabel
a pele que se arrasta, mesmo que se diga o contrário, tem algo que nos pertence...
ResponderEliminar[que mar...]