27/02/2012

VOAR
Apeteceu-lhe voar... assim, sem mais nem menos, sem nada que o fizesse prever, deu-lhe uma vontade súbita e incontrolável de voar. 
Saiu para o jardim, encostou-se ao tronco do limoeiro, abriu muito os olhos para matar a sede de luar, despiu-se do dia e ofereceu-se à noite.
Fez-se leve e saltou. 
Finalmente, voou.


Nicoletta Ceccoli

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