SABERÁS
Sabes do amor
apenas a ínfima parte
que dele inspiras
pequenas gotículas que sorves de um trago
e que nem ao centro de ti
conseguem chegar
porque o deserto do corpo só
logo as absorve com sofreguidão
voltando a sede
num arfar sofrido.
É preciso bebê-lo devagar
deixá-lo escorrer pela garganta
e escolher os cantos que quer saciar
os poros vazios que quer inundar.
E quando de dentro de ti
transborde pelos olhos
o lago em que o teu corpo se afogou
e quando te nascerem flores na ponta dos dedos
saberás
enfim
do amor
e dele poderás inspirar
a sua parte fundamental.
até nascerem flores nos dedos parece que há raízes
ResponderEliminara maior parte seca por escassez de nutrientes no solo
eheh
gostei
Muito bonito.
ResponderEliminarClaro que podes usar as fotografias.
Um beijo
Há muito tempo que acompanho o blogue do José Manuel Vilhena - http://ruinologias.blogspot.pt/ - pelas fotografias e pelos textos. Dá uma "olhadeleitura". Julgo que vais gostar. A última publicação "longe do mar, o mar" tem pequenos textos, alguns de grande beleza.
ResponderEliminarO poema é excelente! Transborda de sensibilidade.
ResponderEliminarBeijo e bom Sábado
Ou dele se empanturrar em enorme festim.
ResponderEliminarPleno de sensibilidade.