21/06/2012

CARROSSEL
Era um carrossel
à beira-mar
abandonado.
Subi para o dorso do velho cavalo
sujo e enferrujado e
aproveitando uma rajada
de vento
soltei o corpo
balancei
tomei lanço
e rodopiei.
E rodopiando
assim
numa imensa tontura
sem fim
cheguei a mim
e percebi
que o que procurava
sempre esteve ali
num carrossel abandonado
à beira-mar esquecido
dentro do peito guardado
todos os dias sonhado
mas só hoje recordado.

3 comentários:

  1. O que procuravas,

    Estava dentro de ti,

    Sempre dentro de ti, como o círculo percorrido pelos cavalos velhos e enferrujados, sempre num ponto à mesma distância de ti?

    É um poema bonito. Gosto do ritmo, do isolamento de algumas palavras para dizer que "assim" "sem fim" "cheguei a mim"

    Abraços :)

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  2. memórias que ficam.

    um poema muito bom!

    gostei!

    um beij

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  3. muito obrigada pelos comentários :) adorei este*

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