04/09/2012


QUASE ANOITECER
Uma tarde derretida por sol incandescente
[cúmplice demente
de uma rajada de vento 
furiosa e quente]
faz o tempo escorrer na pele
em gotas viscosas de demora.
Que saudades daquela margem
fresca, de sombra verde
e da amora selvagem
que escondi
e da outra que comi
no rio mergulhando 
nua e a estremecer
com os olhos húmidos do quase 
anoitecer.


6 comentários:

  1. a infância a reverberar na imagem das amoras selvagens...tão bom.

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  2. há dias que terminam assim e ficam na nossa memória, sempre

    beijinho

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  3. Memórias de amoras, de brincadeiras de criança, de bibe sujo e mãe zangada, mas não muito. Ela também gostava de amoras.
    Beijinho.
    Isabel

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  4. Este poema está perfeito! Ritmo, imagens...tudo.

    Beijo

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  5. amoras a lembrar Setembro e brincadeiras de infância

    beij

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