CARROSSEL
Era um carrossel
Era um carrossel
à beira-mar
abandonado.
Subi para o dorso do velho cavalo
sujo e enferrujado e
aproveitando uma rajada
de vento
soltei o corpo
balancei
balancei
tomei lanço
e rodopiei.
E rodopiando
assim
numa imensa tontura
sem fim
cheguei a mim
e percebi
que o que procurava
sempre esteve ali
num carrossel abandonado
à beira-mar esquecido
dentro do peito guardado
todos os dias sonhado
mas só hoje recordado.
O que procuravas,
ResponderEliminarEstava dentro de ti,
Sempre dentro de ti, como o círculo percorrido pelos cavalos velhos e enferrujados, sempre num ponto à mesma distância de ti?
É um poema bonito. Gosto do ritmo, do isolamento de algumas palavras para dizer que "assim" "sem fim" "cheguei a mim"
Abraços :)
memórias que ficam.
ResponderEliminarum poema muito bom!
gostei!
um beij
muito obrigada pelos comentários :) adorei este*
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