CONTEMPLAÇÃO
Rodou o manípulo, na esperança que não estivesse trancada… mas estava. Se tivesse a chave, seria simples e o caso resolver-se-ia num minuto. Mas a chave há muito que andava perdida, já a tinha procurado em todos os lados, até nos recantos mais escondidos da sua existência. Mas nem sinal daquele objecto metálico, pequeno mas grande, banal e fundamental. Se ao menos os vidros fossem transparentes… sempre podia espreitar lá para dentro! Mas eram espessos e foscos, completamente à prova de qualquer olhar indiscreto. Deu-lhe um encontrão com toda a força, mas a madeira era sólida e ignorou o esforço.
Não lhe ocorreu outra alternativa… sentou-se de frente para ela e ficou a contemplá-la
(recordando todas as vezes que por ela entrou e saiu).
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