ESPERA
Tinha nos olhos o cansaço da demora e a boca fechada por ter
esquecido todas as palavras que sabia.
Debruçada no parapeito da janela entreaberta, esperou. O dia
fez-se noite e a noite novamente dia.
Uma rajada de vento escancarou a janela. Passos apressados
na rua.
Arranjou o cabelo, pintou de alegria os olhos cansados e
ensaiou ao espelho uma única palavra.
Saudade.
Amedeo Modigliani
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