NAVE ESPACIAL
Pegou nos trastes velhos que tinha na arrecadação... serrou,
partiu, colou, soldou, atou, limou, pintou... e acreditou. Já de madrugada,
arrastou-a para o quintal. Olhou-a com carinho e orgulho. Meteu-se lá dentro,
fez-se forte e corajoso e remou pelos céu. Via-a ao longe, brilhante e
sorridente, com a sedução no olhar e a tranquilidade no sorriso. Disse baixinho
– estou quase a chegar! – e, com a força que só
o sonho pode dar, remou até ela de um só fôlego, com a determinação de
quem está certo que aquela seria a última noite de lua cheia.
Caríssimo
ResponderEliminarObrigado pela sua visita ao meu blogue e pelo comentário. Que tenha energia e imaginação para continuar a dar corpo a este seu projecto. Força!
e se quando ele lá chegou, "levado pelo sonho", a lua já se tinha tornado inesperadamente nova? sem o brilho, a luz e o carinho que nos ilumina de sonhos aquelas noites. e, já agora, sem aquelas sombras que todas as luas cheias têm que lhes dão ar de coisa viva, com expressão.
ResponderEliminardisseram-me que as luas deixam de ser cheias não por causa dos movimentos planetários mas porque se esvaziam de sonhos e apagam a luz de fora, iluminando-se apenas a si. eu cá para mim, faço por não acreditar.