15/02/2012

BICICLETA
Tirou-a com custo do canto onde dormia há muito tempo. Estava coberta de pó e fuligem. Lavou-a e limpou-a. Deu-lhe brilho.
Subiu com cuidado, procurou os pedais, ensaiou um movimento suave e deixou-se deslizar.
Ainda era capaz. Estava tudo pronto.
Aconchegou-se e acenou alegremente ao vizinho.
Ela esperava-o.
Era tempo de partir.
A vida não espera para sempre.

Prastene Pohadky


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